quinta-feira, 11 de junho de 2009

A vida na montanha continua

8 de Junho
Hoje fomos a procura de mais caixoes e cavernas.
Acordei cedinho, mais uma vez, mueslli e um cafe no Masferre cafe. Aproveito para falar deste senhor, Eduardo Masferre. Um mestico (filho de um espanhol e uma filipina), que se dedicou a retratar a vida e os costumes nas aldeias cordilleiras. Aprendeu a fazer e revelar fotos sozinhos, e fez um belissimo trabalho.

E muito bom de ver a quantidade de criancas que estas aldeias tem... e todas tao giras!


Visitamos a caverna funebre de Lumiang, onde estao mais caixoes guardados. Nao consegui saber porque e que o fazem, sei apenas que o fazem ha mais de 500 anos, e que antes de o fazerem sacrificam 20 ou 30 porcos e mais umas dezenas de galinhas (dai ser uma coisa de ricos. Um local muito especial.

A caminhada continuou. Os terracos de arroz, os campos, as montanhas e o rio, estao por todo o lado e absolutamente lindo.

Depois veio a experiencia da caverna.
A ideia era ir conhecer a Caverna de Sumaging, e a dar pelas t'shirts que estao a venda na aldeia com dizeres como: "Sumaging, cheguei vi e venci" "Eu sobrevivi Sumaging" estava a contar com uma coisa dificil. E foi. Ou melhor nao foi, porque depois de ter caminhado 500 metros nem isso, numa gruta escura como breu, cheia de morcegos e com o chao cheio de agua e muita caca de morcego, decidi nao avancar mais. E agora voltar para tras!? Ah pois e! O Adam na sua grande confianca (tanta que ele foi e voltou) disse: -"OK, volta para tras, segue o caminho branco, e se nao conseguires espera por mim, eu vou so tirar umas fotos e venho ja!"
Pois e. Qual caminho branco, as duas por tres ja nao sabia onde estava. Parei e fiquei a espera do Adam... mas o "vou so ali tirar umas fotos e venho ja"... em linguagem de rapaz, e o correspondente a 45 minutos, uma hora! Ali fiquei eu. No escuro e no frio na companhia de nao sei quantos mil morcegos...perdida! MEDO!!
Ao fim daquele tempo todo apareceram uns guias com um grupo que vinham de visitar a gruta, e dao com uma rapariga (eu) sozinha no meio do escuro que simplesmente lhes diz:
- "Hello!"

A cara de espanto deles!

Depois levaram-me ate a saida.

E nao e que o raca do Adam conseguiu ir e voltar!

Mais uma historia pra contar aos meus netinhos!

A tarte de frutos silvestres e o cafe arabico desta zona, e um banhinho quentinho devolveram-me a minha paz e tranquilidade.

Fomos novamente a caca de recuerdos e jantar. Uma bela sandes vegetariana e uma salada (variar um bocadinho do arroz e noodles)

De barriga e lua cheia fomos para a caminha!

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